segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pasta de solda


Olá, você utiliza pasta de solda? 
Sim pasta de solda, aquela destinada a eletrônica e soldagem de componentes eletrônicos, sendo que a mesma necessita de uma limpeza posterior, pois esta não é no-clean, mas pelo custo de R$ 5,00 por 50g não podemos esperar muito né!
A pasta de solda que pegamos como exemplo é a do fabricante “IMPLASTEC” com o nome de SOLDATEC 50g, e o outro produto que iremos explicar mais abaixo a dica de como melhorar a pasta é o FLUXO PASTOSO RMA230 do fabricante COBIX a um custo médio ai de uns R$20,00 10g, do mesmo gênero, que precisa de uma limpeza depois das soldas feitas. 

Resolvi fazer este experimento, após fazer uma visita a uma empresa de fabricação de PCI que também realizam a montagem dos equipamentos e não só as placas, e conversando com o químico responsável de empresa sobre facilidades que podemos utilizar na hora das montagens, placas oxidadas e coisas do gênero, vi que utilizava na linha de montagem uma pasta feita de breu, basicamente a mesma solução de breu que a maioria dos técnicos de eletrônica conhece (breu moído e dissolvido em álcool isopropílico) e curioso perguntei o porquê de se utilizar algo tão rudimentar em tempos que temos a um custo baixo pastas e fluxos para auxiliar a soldagem
Eis que a resposta fora bem curta ‘baixo custo e eficácia’ mas entre parênteses foi justificado que, como as placas a serem montadas acabam de ser produzidas e passaram por diversos descontaminantes e desoxidantes do cobre a solda tem uma boa aderência, e o breu é o suficiente para uma boa soldagem, e que após a limpeza podem ser feita com solvente leves que iram apenas remover o breu queimado.
Então pensei, tem lógico o que fora dito (em pensamento disse; ô povo mão de vaca!) nós que utilizamos fluxo pastoso nas montagens ou reparos, somos esbanjadores, pois utilizamos produtos caros (risos), sem mais delongas vamos a receita, só que antes um pequena dica para aqueles que apenas utilizam a pasta de solda e que nos dias frios a mesma tende a se solidificar; Basta homogeneizar, aerar a pasta, assim ela ai ficar parecendo um creme e será mais pratico seu manuseio e aplicação nos pontos a serem soldados. Para melhorar a pasta de solda (não que ela seja ruim, nada disso, digo vamos unir dois itens de baixo custo que funcionam para tornar um único produto que nos proporcione um resultado mais eficaz), para isso iremos após homogeneizar a pasta de solda adicionar as 10g de fluxo RMA230 e misturar bem. Assim teremos o fluxo RMA230 que ele sozinho já é melhor que a pastas e outros líquidos auxiliares de soldagem, só que muitos acham caríssima utilizar apenas eles, pois 10g de fluxo vai embora bem rápido, assim nossa boa e velha pasta de solda dá uma mascarada n resultado e temos um total de 60g de pasta de solda potencializada com fluxo pastoso, assim agora temos esta pasta de solda é melhor que as outras (risos).
O resultado é um creme mais viscoso, bem mais pratico de se aplicar e sempre que coagular, é só misturar para que fique cremoso novamente, não é a mesma coisa que o fluxo pastoso sozinho, mas para quem quer quantidade diante ao fluxo de trabalho na bancada, vai ajudar bem.
A aplicação pode ser feita com seringa apropriada ou simplesmente um pincel pequeno (eu particularmente prefiro o pincel, ficar pressionando seringa chega uma hora que se torna cansativo fazer isso, no caso de montagens longas ou em série) notem que após adicionar um pouco de solda em pasta a mistura, a mesmo ficará com uma tonalidade acinzentada, mas ao aplicar é pouca coisa mais escura que o fluxo pastoso RMA devido a oxidação com o ar.
Agora falaremos sobre a limpeza, muito devem se perguntar; ‘mas essa mistura não vai conduzir’, por ter partes de solda em pasta, digo que não, mas é bom evitar, não saberemos a quantidade de pasta em solda que poderá adicionar e vossas misturas. Na prática fui observando que aplicando a pasta apenas nos pads ou terminais, após a solda quase não restam resíduos de solda em pasta, pois a quantidade é bem pouca em relação a quantidade de pasta e fluxo.
Para a limpeza, sempre utilizo solventes que não agridem as tintas utilizadas na confecção das PCIs, que são à base de derivados de acetona ou algo assim, então nada como utilizar solventes leves como ‘Água Raiz’ ou ‘Removedor sem cheiro’ e até mesmo óleo de banana (meu dispenser de limpeza sempre tem uma mistura de uma parte de água raiz, uma parte de removedor sem cheiro e uma pitada de óleo de banana) a limpeza deve ser rápida e, pois estes solventes limparam facilmente a pasta misturada com fluxo RMA230.
Este resultado obteve aos longos dos anos montando equipamento e placas, e conforme vão aparecendo obstáculos na execução das soldagens, é necessário pesquisar e ir a campo atrás de soluções que estão ao alcance (digo supermercado, casas de ferragens, produtos de limpeza, estabelecimentos que há em toda cidade) e aplicá-las no decorrer das tarefas diárias.
Boas montagens e soldagens!!!

Márcio R. Ortolan

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