Olá, você utiliza pasta de solda?
Sim pasta de solda, aquela destinada a eletrônica e soldagem de componentes eletrônicos, sendo que a mesma necessita de uma limpeza posterior, pois esta não é no-clean, mas pelo custo de R$ 5,00 por 50g não podemos esperar muito né!
A pasta de solda que pegamos como exemplo é a do fabricante “IMPLASTEC” com o nome de SOLDATEC 50g, e o outro produto que iremos explicar mais abaixo a dica de como melhorar a pasta é o FLUXO PASTOSO RMA230 do fabricante COBIX a um custo médio ai de uns R$20,00 10g, do mesmo gênero, que precisa de uma limpeza depois das soldas feitas.
Resolvi fazer este experimento, após fazer uma visita a uma empresa de fabricação de PCI que também realizam a montagem dos equipamentos e não só as placas, e conversando com o químico responsável de empresa sobre facilidades que podemos utilizar na hora das montagens, placas oxidadas e coisas do gênero, vi que utilizava na linha de montagem uma pasta feita de breu, basicamente a mesma solução de breu que a maioria dos técnicos de eletrônica conhece (breu moído e dissolvido em álcool isopropílico) e curioso perguntei o porquê de se utilizar algo tão rudimentar em tempos que temos a um custo baixo pastas e fluxos para auxiliar a soldagem
Eis que a resposta fora bem curta ‘baixo custo e eficácia’ mas entre parênteses foi justificado que, como as placas a serem montadas acabam de ser produzidas e passaram por diversos descontaminantes e desoxidantes do cobre a solda tem uma boa aderência, e o breu é o suficiente para uma boa soldagem, e que após a limpeza podem ser feita com solvente leves que iram apenas remover o breu queimado.

O resultado é um creme mais viscoso, bem mais pratico de se aplicar e sempre que coagular, é só misturar para que fique cremoso novamente, não é a mesma coisa que o fluxo pastoso sozinho, mas para quem quer quantidade diante ao fluxo de trabalho na bancada, vai ajudar bem.
A aplicação pode ser feita com seringa apropriada ou simplesmente um pincel pequeno (eu particularmente prefiro o pincel, ficar pressionando seringa chega uma hora que se torna cansativo fazer isso, no caso de montagens longas ou em série) notem que após adicionar um pouco de solda em pasta a mistura, a mesmo ficará com uma tonalidade acinzentada, mas ao aplicar é pouca coisa mais escura que o fluxo pastoso RMA devido a oxidação com o ar.
Agora falaremos sobre a limpeza, muito devem se perguntar; ‘mas essa mistura não vai conduzir’, por ter partes de solda em pasta, digo que não, mas é bom evitar, não saberemos a quantidade de pasta em solda que poderá adicionar e vossas misturas. Na prática fui observando que aplicando a pasta apenas nos pads ou terminais, após a solda quase não restam resíduos de solda em pasta, pois a quantidade é bem pouca em relação a quantidade de pasta e fluxo.
Para a limpeza, sempre utilizo solventes que não agridem as tintas utilizadas na confecção das PCIs, que são à base de derivados de acetona ou algo assim, então nada como utilizar solventes leves como ‘Água Raiz’ ou ‘Removedor sem cheiro’ e até mesmo óleo de banana (meu dispenser de limpeza sempre tem uma mistura de uma parte de água raiz, uma parte de removedor sem cheiro e uma pitada de óleo de banana) a limpeza deve ser rápida e, pois estes solventes limparam facilmente a pasta misturada com fluxo RMA230.
Este resultado obteve aos longos dos anos montando equipamento e placas, e conforme vão aparecendo obstáculos na execução das soldagens, é necessário pesquisar e ir a campo atrás de soluções que estão ao alcance (digo supermercado, casas de ferragens, produtos de limpeza, estabelecimentos que há em toda cidade) e aplicá-las no decorrer das tarefas diárias.
Boas montagens e soldagens!!!
Márcio R. Ortolan
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